O verdadeiro Novo Visual (#2)

Antes de começar a falar do que me trouxe aqui, queria pedir desculpa ao nosso director de redacção, para os mais chegados ex-Sheriff das Galveias mais recentemente promovido a agente do CSI, pois comprometi-me a escrever uma “Nova” no mês de Março, mas esqueci-me por completo e como mais vale tarde que nunca, aqui vos deixo a minha “Nova”.
Pedidas as desculpas e aceites, vou então dar-vos, eu também, uma sova mas desta vez sobre Estória. Se chegaram até aqui peço-vos que leiam até ao fim, porque este episódio da nossa História não vem em livros, não se aprende em aulas do mesmo tema e diria até que nem o emblemático Prof. José Hermano Saraiva sabe deste pequeno, grande, marco histórico que elevou a palavra amizade ao seu mais alto significado.
E deixando esta pequena introdução, que já vai longa, passo a falar do que realmente importa, datava o ano de 1909 no reinado de D. Manuel II quando este, devido à situação crítica que o país vivia na altura, após o regicídio de 1908, decidiu reunir um grupo de jovens emblemáticos da sociedade daquela altura, oriundos dos mais diversos locais do reinado e mesmo de antigas colónias, como Brasil, Angola e Macau.
Tendo sido a sua proposta acatada pelo grupo, foi lhes pedido para que comparecessem no último sábado desse mesmo mês na bela cidade de Elvas. Chegado o último sábado (dia 30) do mês de Janeiro de 1909 e conforme combinado, encontraram-se pela primeira vez todos aqueles a quem o Rei D. Manuel II tinha pedido comparência. O local do encontro foi o Palácio nº 2 de Elvas pertencente a um desses jovens que por sinal era amigo íntimo do Rei, Príncipe Luís “Rei da Patilha” Menezes. A razão pela qual levou o Rei D. Manuel II a reunir estes audazes e heróicos jovens e o que foi dito naquele palácio ainda hoje se mantém em segredo, do pouco que se sabe sendo que nada é verdadeiramente confirmado é que esse encontro passou a ter uma sigla, sigla essa que gira em volta de alguma polémica sendo que alguns apoiam a tese de que significava Ultra Secret Movement, visto que eram reuniões marcadas por muito secretismo (daí também ser em inglês pois só nobres e inteligentes jovens como estes tinham acesso a tal lingua), outros por seu lado, apoiam que USM significava Ultimo Sábado do Mês, visto que cada encontro era realizado no ultimo sábado de cada mês. Muitos comentam, muitos palpitam, outros dizem que tais reuniões transformaram meros desconhecidos em verdadeiros amigos e que tal amizade passou de geração em geração até chegar aos nossos dias e que tais encontros continuam a acontecer no Ultimo Sábado de cada Mês. E a cada elemento do grupo o Rei D. Manuel II deu a denominação de Elvático, deduzindo-se por razões óbvias que o prefixo “Elv” provem da cidade que deu inicio a estas emblemáticas reuniões mensais e o sufixo “Ático” originário da bravura e coragem que tais nobres jovens demostraram ao longo destes 101 anos de História do nosso país.
O único capaz de manter que este acontecimento é real e não pura ficção, é uma fotografia encontrada no Arquivo Histórico Nacional em que mostra uma dessas muitas reuniões e que reflecte bem o espírito de amizade vivida no seio deste grupo.

Legenda: Da direita para a esquerda
D. Joaquim "Rei da Cortiça Amorim" Ramalho
Visconde Nuno "Tá escasso" Duarte
D. Bruno "dos planadores" Brotas
Sir Nuno "Negrecitudes" Vidinha
D. Ricardo "Presi Benjamin" Claro
D. Diogo "Fraco" Lopes
D. José "das Regras" Guerra
Sir Tiago "Sheriff das Galveias" Figueira
Conde Tiago "Pavão" Bugio
Visconde Vitor "Nheco" Espadanal
D. Ricardo "Rockabilly Cajó" Sereno

Nesta imagem não se encontram todos os membros, como por exemplo Principe Luis "Rei da Patilha" Menezes, ou o ilustre D. Tiago "Roby" Parreira, ou o saudoso Sir Bruno "Chino" Rangém ou ainda o D. Mário "Pornasca" Araújo entre outros que por diversos motivos não puderam estar presente para marcar este momento histórico.

E com isto vos deixo, pedindo a outros que se souberem de mais um marco estórico destes tão nobres jovens que o divulgue para que Portugal fique a conhecer os verdadeiros Elváticos.


Um abraço
Bruno Brotas